domingo, 25 de março de 2012

Sofro por ser intensa e as pessoas não tem a menor obrigação de me entender. Um dia eu to rindo pra caramba, emano felicidade à todos ao meu redor e no outro, querer me matar. Me matar mesmo. Já imaginou como seria a sua morte? Eu já. Muitas vezes. Não escolheria mortes dramáticas, isso não faria o menor sentido pra mim. Se é pra acabar com a dor que seja rápido mas ai eu fico pensando: E as pessoas que me amam? E as pessoas que, de algum forma, encontram em mim alguma inspiração? E as pessoas que eu conheceria? E as coisas que iria adorar fazer? E o pôr-do-sol de amanhã? E as estrelas que eu amo tanto ver? Eu não mereceria morrer por tão pouco e com tantas coisas lindas e insubstituíveis que podem acontecer. Dai eu falo pra mim mesma que, desistir nessa altura da vida é burrice afinal de contas, mais uma queda ou mais um não da vida só aumenta o charme da incógnita que é a vida. E se a dor vier novamente? Aí eu vou entrar no meu quarto e chorar, dar tapas no travesseiro, quebrar tudo e no fim, lavar a cara e agir como se nada tivesse acontecido.
Achar que nada vai dar certo faz parte ...
Mas o prazer de ver algo dando certo faz eu querer viver tanto que eu esqueço que eu já quis morrer.

terça-feira, 6 de março de 2012

Ok, estou acordada desde as 5 da manhã, porque um ser que eu chamo de Fiona, a gatinha que eu peguei pra criar em um dia de chuva está com medo da chuva. Depois de miados, eu sai correndo pra ver o que tava acontecendo e ela não conseguia dormir, por causa do barulho. Eu acho que ela também não conseguiu chegar até a comida, por causa da goteira (risos). Ela não consegue entender que pode dar a volta na goteira e comer? Enfim, deixei essa besteira de lado e tomei Fiona em meus braços, que tremia de medo, miava feito uma sirene e ... Meu Deus, quantos quilos essa gata pesando?

Peguei a ração que ela mais gosta e mostrei pra ela. Nunca vi uma gata com tanta fome e comecei a imaginar ... No dia em que a achei, em baixo de chuva forte e trovão, ela cabia na palma da minha mão, coloquei ela na camisa do Diogo e ela dormiu. Perdi noites de sono, juro. Ela acordava de três em três horas.


Tem três meses que essa gorda está comigo. Sim porque ela não pode ver ração e se eu deixar, ela come o dia inteiro, tenho que afastar o saco de ração pra que ela não morra. O pecado dela é a gula. Acho que já posso chama-la de Fiona Marley.

E depois disso, ela me seguiu, subiu na minha cama e entrou em coma. Já se passaram oito horas. E essa foi a desculpa, que dei pra minha mãe com vinte anos de idade: Não arrumei a cama, porque meu bebê está dormindo.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Porque as pessoas insistem em seguir o coração? Eu me pergunto isso todos os dias.

O coração te faz perder noites de sono, te faz ensaiar diálogos que muito provavelmente não sairão da sua mente [..] fazendo com que muitos sejam os ingênuos de sempre.

É, eu sei que tem exceções e acho injusto a maioria não sentir a reciprocidade do se sentir amado. Sigam o cérebro! Eu digo isso todos os dias. Ele é o sóbrio da história, ele te acompanha a mais tempo. Sim, porque na escolinha você simplesmente dizia não, sem ao menos pensar que aquele não seria pra pessoa que dez anos mais tarde você, lindamente se apaixonaria. Daí você esquece que tem cérebro, que tem vida, que tem amigos, que tem …

,,, Putz, esqueci.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Eu ligo pra você porque, ouvindo suas voz eu me sinto mais segura. Não é mentira. É como se eu tivesse 5 anos e houvessem monstros em baixo da minha cama ou dentro do meu guarda-roupa. É impressionante como eu ainda acho que você, há tantos quilômetros possa ouvir minha voz desesperada no telefone e largar tudo, pra me proteger (muitas vezes de mim mesma). E eu sei que isso não vai acontecer. Por que muitas coisas acontecem nesse meio termo e você tem sua vida, suas coisas, seus parentes e amigos. No fundo, eu imagino isso porque é isso que eu faria por você ... Não posso cobrar a mesma atitude, mas não posso negar que eu me sinto muito bem imaginando que você vai voltar, me proteger, me dizer que tudo isso é uma grande merda, que eu ainda preciso te escutar...

Vai, diz que precisa de mim.
Diz, demonstra, corre, me pega nos braços, cola teu rosto no meu, suspira no meu ouvido ... gruda esse teu corpo quente no meu, sem medo. Arrisque e petisque meu amor.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

de mãos dadas


Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você, ninguém nunca soube do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de se perder um pouco de tanto amar, de não ser boa o suficiente. Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente.
Tati Bernardi